sábado, 24 de abril de 2010

MUSICOGRAFIA BRAILLE - CONCEITO

Descrição da foto acima: mãos em um livro braille com notas musicais em relevo e braille.



MUSICOGRAFIA BRAILLE - Escrita musical utilizada internacionalmente pelos cegos; é baseada no Sistema Braille, criado na França, em 1825, por Louis Braille e adotado no Brasil a partir de 1854, trazido porJosé Álvares de Azevedo. [Ver texto abaixo]


Esse sistema é constituído por seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas verticais que formam 63 combinações, com as quais são representados os símbolos literais, fonéticos, matemáticos, químicos, informáticos e musicais.



MÚSICA EM TINTA & MÚSICA EM BRAILLE
Acessibilidade e Inclusão - desafios atuais
Todas as informações de uma partitura impressa em tinta podem ser transcritas em braille (música antiga, contemporânea, música vocal e instrumental), tornando a escrita musical acessível aos cegos.
Conhecendo esse sistema, eles adquirem autonomia e independência para ler uma música ou para transcrever uma melodia, não dependendo somente do ouvido ou da memória para aprender. É evidente que nesse processo o cego sempre dependerá de sua memória, uma vez que não poderá ler e executar ao mesmo tempo. Mesmo assim, o acesso a essa partitura é fundamental, propiciando sua inclusão nas escolas de música, primeiro passo para efetivamente concluirmos que a música é para todos ou deveria ser. IB



JOSÉ ÁLVARES DE AZEVEDO


José Álvares de AzevedoOito de abril. Neste dia, em 1834, nasceu no Rio de Janeiro, já deficiente visual, José Álvares de Azevedo, o primeiro brasileiro a conhecer o Sistema Braille. Aos 10 anos de idade viajou para a França, a fim de estudar no Instituto dos Jovens Cegos de Paris, a primeira escola do gênero no mundo, por onde passou Louis Braille.

Honra-nos o fato de ter sido este brasileiro, contemporâneo do genial inventor. Seis anos depois, o jovem regressou ao Rio de Janeiro, trazendo para o nosso país o maravilhoso sistema de leitura e escrita para cegos.Sua vida foi curta pois, viveu apenas quatro anos depois de seu regresso da França.

Neste pequeno período, procurou divulgar o Sistema Braille como pôde. Ensinou-o à Adélia Sigaud, filha de Dr.Xavier Sigaud, por intermédio de quem teria chegado à presença de Dom Pedro II, Imperador do Brasil.Motivado por José Álvares de Azevedo, Dom Pedro II decidiu criar a primeira escola para cegos do Brasil, que se chamou Instituto Imperial dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant. José Álvares de Azevedo faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de março de 1854, aos 20 anos de idade.

O 8 de abril deve ser mais lembrado e considerado como o "Dia Nacional do Semeador de Braille". Lembremo-nos de que a pequenina semente por ele lançada no Rio de Janeiro, em meados do século XIX, fez desabrochar todo o progresso social da pessoa cega em nosso país, porque semeou para o cego brasileiro a possibilidade de aprender a ler, escrever e contar, fundamento de todo o desenvolvimento dos povos.

Hoje, no Brasil, os cegos aprendem a ler, escrever e contar; estudam desde a escola básica até à universidade; trabalham, exercendo as mais diversas profissões com dignidade a cidadania e sustentam suas famílias. Estará tudo resolvido, por acaso? Ainda não.

Reconhecemos que muita coisa precisa melhorar para que os cegos possam participar cada vez mais adequadamente da sociedade em que vivem. Amigos, parabenizemos a José Álvares de Azevedo por seu 169º aniversário de nascimento! (Texto de Gildo Soares da Silva Assistente social, ex-professor do Instituto de Cegos, ex-funcionário do Centro de Reabilitação e Educação Especial).


Sobre o Manual Internacional de Musicografia Braille:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/musicabraile.pdf
Veja também:






http:// dvsepedagogia.blogspot.com

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